Depressão Pós-Parto em Mães Adolescentes!

Hoje eu vou falar de um assunto bem chato, mas que poucas mulheres sabem que passam e procuram tratamento, principalmente nós adolescentes. A mudança com a chegada de um bebê é muito grande, praticamente tudo em nossa volta muda, as prioridades, nosso tempo, tudo muda de uma hora para outra né? 

Eu tive Depressão Pós-Parto e demorei quase 5 meses para descobrir, até então, meus dias eram todos muito conturbados eu perdia a noção horas, eu perdi sono, eu perdi a vontade para muitas coisas, mas no meu caso eu só queria ficar com o Murillo, comer era horrível também. 
Nos primeiros dias com o Murillo em casa eu chorava muito por tudo, todas as noites, sempre que ficava sozinha, não apetite e nem animo, eu achava normal pela rotina puxada e pelas mudanças que vinham acontecendo. 

E todo mundo falava que eu estava com Depressão e que tinham que tomar cuidado com a minha relação com o Murillo e aquilo só ia me deixando pior né? Brigas frequentes com o Rapha, mais choros, vontade nenhuma de ir para escola ou trabalha. Resolvi pesquisar mais sobre a depressão e procurar ajuda. 







"Os sintomas mais comuns da Depressão Pós-Parto são: irritabilidade, choro frequente sentimento de culpa e desamparo, falta de esperança, desinteresse sexual, transtorno do sono e alimentar, como dificuldade de adaptação as novas situações."

Quando li sobre os sintomas da Depressão me identifiquei em três, choro frequente, sentimento de culpa e desamparo, transtorno do sono e alimentar. Chorar eu chorava muito, muito mesmo, até para comer eu chorava. 

"O choro também pode ser visto como uma lamentação por todas as perdas que vem junto com a maternidade. Perda de liberdade, do tempo para si mesma, para amigos, para namorado. A insegurança, o pensamento de fracasso, de ser uma péssima mãe, por não dar conta da maternidade e tudo isso vem junto com  o nosso pouco conhecimento sobre o assunto, o novo momento." 



Eu me sentia muito assim, muito pressionada sabe? Com 1 mês infeccionou o meu corte, tive que tomar antibiótico, o meu leite não sustentava mais o Murillo (coisa que acho que fui enganada também), ele começou a tomar fórmula e cortamos o nosso maior vínculo. Depois disso eu me sentia mais triste, e a pior mãe do mundo por ter fracassado. 


Eu procurei ajuda de uma psicóloga, fiz acho que umas 15 sessões, uma vez por semana, uma hora para  mim, para minhas angústias, para tudo de ruim que estava dentro de mim e precisava sair, meus medos, tudo o que me tirava o sorriso. Eu não cheguei a tomar remédio, mas o tratamento vou bem intensivo, mudou até o meu jeito de se relacionar com o Murillo. 

"A DPP esta relacionada não só a chegada do bebê, mas também ao conjunto de sintomas que geralmente aparecem entre a quarta e a oitava semana após o parto chegando a atingir entre 10 a 15% das mulheres."

 "Estudos trazidos associam a ocorrência da DPP a falta de suporte do companheiro, dos familiares e das pessoas que convivem com a mãe durante todo o período gestacional, bem como, o não planejamento da gravidez, de um parto prematuro ou morte do bebê a dificuldade de amamentar a criança como também a dificuldade do parto."



 Em vários textos que eu li e um TCC do qual eu tirei todas essas citações, a Depressão Pós-Parto na adolescência está relacionada a gravidez não planejada, a dificuldade de amamentar e a dificuldade no parto. A adolescência é um período de transação da fase infantil para adulta, assumir uma responsabilidade tão grande nessa idade pode gerar o transtorno psicológico. Algumas meninas deram os seu depoimentos sobre como se sentiam na DPP:

"Eu me senti estranha na primeira mamada e chorava por ter alguém tocando no
meu corpo, aliás, eu chorava por qualquer coisa”. (Angélica).
“Eu fiquei nervosa. Ela chorava muito e queria mamar a toda hora. Eu não sabia
nem como colocar no peito para dar de mamar. Ai, eu ficava mais nervosa”. (Gardênia).
As duas meninas que fizeram esses depoimentos são do sertão do nordeste, mães adolescentes. Algumas pesquisas vinculam a baixa renda, raça negra e mães adolescentes como as principais mulheres a terem a DPP. 

Algumas mulheres acabam tendo a DPP por falta de informação, de ajuda, de carinho e atenção. Criar uma criança sozinha hoje, sem o apoio de familiares e do pai é uma situação muito difícil a qual ninguém está preparada para passar. 
O tratamento é diferente dependendo de caso para caso, como a Depressão, a DPP tem vários estágios os quais são diagnosticados por um psicólogo, que dependendo ou não receita remédio em alguns casos a pessoa só precisa de um alguém a qual ela possa contar tudo, um ombro amigo desconhecido, que sabe como a trazer de volta para o mundo o qual ela parece que nunca viveu.


Essa foi a minha experiência com a Depressão Pós-Parto meninas, e vocês conhecem alguém que já tenha tido ou esteja passando por isso?  Ser diagnosticado rápido, melhora muito o tratamento da DPP.







 







Camila Gomes

14 comentários:

  1. A mãe de um dos meus afilhados teve e foi muito triste e desgastante, mas felizmente a ajuda chegou e logo tudo se resolveu.

    Beijocas, Cléo Moretti
    Dona Maricota Feliz
    Recanto das Mamães Blogueiras
    Era Uma Vez 2
    Era Uma Vez 1
    RMD Lingerie

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  2. amiga também tive depressão depois do parto da bella , acho que tive pq passeis sete dias numa maternidade chorando para que a ictericia da bella saísse e eu querendo ir pra casa com saudades da alycia,sem ver tv , escutando mulheres falando de parto, costa doendo...
    Quando cheguei em casa eu parecia uma criança que estava aprendendo das coisas,nao sabia o nome dos moves, achava que alycia era uma bebe e que ainda nao tinha dentes aff foi horrível, tinha medo de ficar só.... me lembrava do mundo, tinha medo de cair...
    é isso amiga graças a deus que passou....
    pós parto e coisa seria

    bjos

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  3. eu não sei se tive , amis eu fico um pouco emotiva depois do parto, mas passa rápido
    beijos
    onossonude.blogspot.com.br

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  4. Não sou mãe, mas adorei o post, muito bem explicado e super informativo para as futuras mamães.
    Beijos!
    islary34.blogspot.com

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  5. Ótimo post.
    Acho que muitas mães devem ter e não conseguem detectar.
    Depois que tive o Gui fiquei meio perdida, chorosa, sem ânimo, mais passou , graças a Deus.
    Bjs
    http://soumaedecinco.blogspot.com/

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  6. Post muito informativo, e devemos divulgar essa doença para assim ajudar outras mães. Aqui não tive, sou chorona de natureza, mas a gente fica muita abalada depois do parto o que não podemos confundir com depressão pos parto!
    Bjos
    Tatty Nunes - Mãe de Primeira Viagem

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  7. o pós parto é um período muito complicado mesmo, a gente fica vulnerável e estressada demais, graças a Deus não tive mas conheço mães que passaram por isso.
    Carlah Ventura - Intensa Vida

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  8. Poxa vida .. que assunto sério e delicado.
    Não conheci ningue´m não .. mas tive uma mãe que renegou o neto, pois a filha morreu no parto.
    coisa triste de doer né ... mas agora depois de quase 5 meses ela parece que começa a querer ficar com a guarda do netinho ... ótimo post, muito bom saber mais sobre o assunto.

    beijos amiga!

    Roberta & Luma
    http://princesaluma.blogspot.com.br/

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  9. Que negócio chato a depressão
    Acaba com a pessoa
    Eu nunca vi ninguém assim
    Mas quem estar perto sofre muito
    Bjkas
    Leteia Bispo – Segredos da Luma

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  10. Depressão pós parto é muito sério, tem que ter cuidado.
    Ótimo post
    bju
    Estou Crescendo

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  11. amiga depressão é uma coisa muito seria
    eu tive uma crise chora escondido
    não vinha a alegria sabe mais não entrei na depressão
    atenção ainda é o melhor caminho
    apoio, ótimo post

    linda noite bjs

    Ser Mamãe Pela Segunda Vez
    Google+Nanda

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  12. Super importante este post, quanto mais informações transmitidas melhor. Que bom que conseguiu procurar ajuda e venceu, que isso sirva de exemplo para outras mamães.
    Bjs
    Vivi e isaac

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  13. Olá adorei seu Blog *-* e já estou seguindo ele!

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  14. Depressão é sério demais..... depois de ter um bebê então..... todo cuidado é pouco! Coisas da Lara

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