O Peso da Contradição: Mãe, Mulher e as Exigências da Sociedade

Entre o autocuidado e a abnegação, a difícil busca pelo equilíbrio na maternidade.



Sobre a maternidade : Se cuida de si, é egoísta; se vive só para o filho, é anulada. A sociedade impõe às mães uma cobrança incessante e contraditória. De um lado, espera-se que sejam inteiramente dedicadas aos filhos, sacrificando seus sonhos, seus desejos e até mesmo sua própria identidade. Por outro, quando uma mãe decide olhar para si, priorizar sua saúde, seu bem-estar ou sua carreira, rapidamente é taxada de egoísta.

Essa dualidade é um fardo que pesa sobre os ombros de muitas mulheres. O ideal da mãe perfeita, sempre disponível, paciente e amorosa, é um padrão inatingível. E, ao mesmo tempo, há uma pressão para que essa mesma mulher seja autossuficiente, produtiva e realizada em todas as áreas da vida.

Mas onde está o equilíbrio? Quando a sociedade entenderá que uma mãe não deixa de ser mulher ao ter um filho? Que cuidar de si não é um ato de egoísmo, mas uma forma de ensinar ao filho a importância da autoestima, da saúde mental e do autocuidado?

A maternidade não deveria ser um caminho de escolhas excludentes. É possível ser uma mãe presente e uma mulher que se ama, que se cuida, que corre atrás dos próprios sonhos. É possível ensinar aos filhos a importância do amor próprio sem negligenciar o amor por eles. Afinal, uma mãe que se respeita e se cuida é um exemplo poderoso para seus filhos – um exemplo de coragem, força e equilíbrio.

Jamilly LIma

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